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Indústria brasileira aumentou o uso de tecnologias, mas ainda caminha a passos lentos

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Indústria brasileira aumentou o uso de tecnologias, mas ainda caminha a passos lentos

– Pesquisa da CNI revela que, nos últimos cinco anos, houve crescimento de 21% no uso de tecnologia por parte das empresas brasileiras;

– O estudo, também, apontou que as empresas que utilizam tecnologias passaram melhor pela pandemia, com mais produção e, até mesmo, geração de empregos;

– Engenheiro especialista em projetos para a Indústria 4.0 sinaliza que o entendimento da aplicação das tecnologias proporciona produção em larga escala e maior competitividade, ainda mais quando baseadas em dados;

Inovação tecnológica é um assunto amplamente discutido pela Indústria brasileira há anos e, mesmo assim, parece ser um tema infindável, já que temos muito empresários que veem os benefícios de implementar melhorias em seus processos, enquanto, tantos outros, ainda enxergam isso como um gasto desnecessário.

A verdade é que a tecnologia está aí e, de qualquer modo, sempre vindo para auxiliar no desenvolvimento dos negócios, seja de qual setor for.   

Números

Segundo dados da última pesquisa Sondagem Especial Indústria 4.0, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a Indústria nacional está mais tecnológica do que há cinco anos, sendo que 69% das empresas já utilizavam algum tipo de tecnologia em seus processos em 2021, contra 48% registrado em 2016. 

Este número é um alento, tendo em vista que a Indústria no Brasil precisa urgentemente se modernizar para ser mais competitiva globalmente. Porém, o percentual de aumento foi de apenas 21% em cinco anos, deixando nosso mercado ainda mais atrás das principais potenciais mundiais. 

O engenheiro mecatrônico, especialista em projetos para a Indústria 4.0, Anderson Rezende, afirma ser essencial que os executivos do setor entendam este processo como algo natural e fundamental.

“O Brasil ainda passa por uma transformação cultural, em que muitos decisores não têm familiaridade com tecnologias avançadas e preferem continuar fazendo o mesmo processo por anos, mesmo sabendo que já existem ferramentas e tecnologias que podem transformar a produtividade e o controle dos processos da empresa. É importante criar equipes de inovação dentro de cada área da empresa, com intuito de multiplicar as iniciativas de tecnologia baseadas em ganhos de produtividade e redução de custo”, comenta.

A pesquisa investigou, justamente, o avanço do uso das tecnologias na Indústria 4.0 e, entre os principais benefícios, estão o aumento da produtividade, melhoria da qualidade de produtos e a redução nos custos de produção. E Anderson pontuou que produzir mais e melhor torna qualquer empresa rentável.

“Quando as empresas brasileiras olharem para a inovação como investimento, elas começarão a evoluir. O principal benefício da tecnologia, para qualquer corporação é conhecer os dados e informações atuais, seja sobre a disponibilidade da máquina, ou quantas peças foram produzidas por minuto, quantas peças foram retrabalhadas, ou quantas horas uma máquina ficou parada sem produzir, por exemplo. Esses dados, atualizados em tempo real, tornam qualquer empresa mais dinâmica e produtiva, em que cada minuto conta para ganhar mais produtividade”, ressalta o especialista em Indústria 4.0. 

Alto custo é um entrave

Os resultados da sondagem mostram que 66% das empresas consideram que o alto custo para implementação da tecnologia é um obstáculo. Contudo, Anderson Rezende, orienta que, atualmente, a oferta é maior, facilitando o investimento. 

“O avanço de startups e a chegada de muitos sistemas e produtos importados trouxeram uma forte concorrência, tornando o custo mais acessível para toda e qualquer empresa, seja para robotizar uma linha inteira de produção, seja para implementar um software para controle de acesso das máquinas”

Além disso, muitos executivos declararam que a falta de linhas de financiamentos também atrapalha. Mas, o engenheiro reforça que, mesmo o retorno não sendo imediato, a palavra inovação deve fazer parte da lista de predileção dos empresários da Indústria.

“Muitas empresas querem investir em tecnologias que possam obter ganhos a curto prazo, porém, os frutos são colhidos de médio a longo prazo. Isso faz com que muitas empresas pensem em inovação como algo secundário”, diz Rezende.

Linhas de crédito

As empresas nacionais contam com diversas opções de financiamento para investir em tecnologia, como a Rota 2030, especialmente para o setor automotivo; ou a Lei do Bem, para empresas de tecnologia, no entanto, Anderson considera que a falta de conhecimento é um percalço para os empresários.

“Existe bastante linhas de crédito, mas vemos que, muitas delas, são utilizadas apenas por grandes empresas e isso acontece pela dificuldade da compreensão e o desinteresse em procurar consultorias. Desta forma, este benefício fica apenas para empresas que já possuem um grande capital”, alerta.

Decisões baseada em dados

A pesquisa mostrou, ainda, que a falta de conhecimento, a clareza dos retornos das tecnologias, a estrutura e cultura das empresas, são queixa de 25% dos entrevistados.

E para superar este obstáculo, Anderson ensina o caminho a ser seguido. “Hoje, as empresas precisam ter um melhor processo de Ciências de Dados, pois vivemos em um mundo analítico, onde a tomada de decisão tem que deixar de ser baseada em achismo. E as indústrias são processos comportamentais, em que cada máquina e cada equipe possui um indicador próprio, permitindo análises individuais das ações de ganhos e perdas”, sustenta o engenheiro.

Profissionais qualificados

Já 37% das empresas, afirmam que a falta de profissionais qualificados é uma barreira para adoção de tecnologias digitais. Todavia, Rezende reitera que, na verdade, há falta de oportunidade para diversos alunos que se formam semestralmente.  

“A cada semestre, o Senai, por exemplo, disponibiliza no mercado inúmeros profissionais qualificados, cabe as empresas darem oportunidade para eles e, assim, todos ganharem experiência e amplificação desse conhecimento na empresa. A inovação não elimina trabalhadores, mas substitui uma operação manual por um equipamento automático, ou um robô, e traz qualificação de novos técnicos capazes de realizar as manutenções. Assim, os especialistas terão melhores salários e a empresa se beneficiará da possibilidade de escalar a tecnologia para outras áreas”, finaliza Anderson Rezende.

Anderson Rezende 

Anderson Rezende é engenheiro mecatrônico, especialista em projetos focados na Indústria 4.0.

Atuou em cargos do setor automotivo em empresas, tais como Grupo Stellantis e Volkswagen, implementando ferramentas focadas na Indústria 4.0 e participou da introdução de ferramentas de inovação com enfoque em IoT (Internet das Coisas), transformação digital, integração de sistemas e digitalização de processos.

Além disso, atuou como head de inovação em startups e mentor de negócios.

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Assessor de imprensa do Anderson Rezende
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